quarta-feira, 30 de março de 2011

Que Brasília é essa mesmo?

Brasília é uma cidade que existe “entre quatro paredes”. Pessoas frias, cada um cuida do que é seu, sempre andando com aquelas caras-de-metrô – a qual impedem qualquer forma de contato – e desfavorecidas culturalmente, comparadas aos brasileiros de outras cidades. Como pode a capital de um país não ser lembrada pelo mundo? Ou mesmo não ter todo o clima que os turistas imaginam do Brasil? É uma situação deveras complicada, visto que vivemos num lugar onde não há o colorido de cidades tropicais. Brasília pode ser potilizada, porém é extremamente elitizada. Rodeados de mármore fomos, pouco a pouco, nos tornando mais distantes do resto do país.
Encontrar a identidade cultural de Brasília não é fácil. Rock and Roll? Será? Da mesma forma que o Rio tem o samba e a Amazônia o bumba-meu-boi (apesar de ter vindo do Nordeste), Brasília deveria ter algo, mas não possuímos. Somos obrigados a consumir apenas aquilo que nos é oferecido, já que não temos nada que, de fato, nos pertença. Dessa maneira, o teatro se torna caro, shows são caros e tudo que é ligado à cultura tem um preço salgado.
Talvez a solução para tudo isso fosse criar a Escola de Artes de Brasília. A qual oferecesse cursos de artes cênicas, visuais, música e dança voltados para apresentações periódicas pelos palcos da cidade. Escola cujo objetivo fosse “criar” os próprios artistas, com custo menor, dando a oportunidade de mais pessoas consumirem cultura. As pessoas precisam de cultura. Brasília, de pessoas com cultura.

Paulo Pimenta

*Artigo produzido com a finalidade de discutir sobre possíveis intervenções urbanas em Brasília.

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